Tratamentos e Exames
Imunoterapia
A imunoterapia é o tratamento no qual o paciente alérgico recebe doses progressivas de alérgeno específico com o intuito de estimular o desenvolvimento de tolerância imunológica (que pode persistir em média por até 15 anos) e diminuir seus sintomas, melhorando a qualidade de vida e permitindo muitas vezes a redução ou retirada de medicações.

Além disso, há evidências de que, juntamente com o controle ambiental, a imunoterapia seja o único tratamento capaz de modificar o curso natural das doenças alérgicas.

Para que seja eficaz, é fundamental sua correta indicação, que as vacinas alergênicas sejam de boa qualidade e que a manipulação das mesmas seja feita em local apropriado e por profissional experiente. Deve-se definir o esquema adequado e individualizado às necessidades do paciente e manter pelo tempo mínimo preconizado.

A imunoterapia está indicada para tratamento de asma, rinite, rinoconjuntivite e reações causadas por venenos de alguns insetos, desde que exista sensibilização e que se identifique o alérgeno causador.

Para o diagnóstico de sensibilização alérgica podem-se utilizar testes como o teste de puntura (prick test) ou a detecção de IgE específica por coleta de sangue (exame laboratorial).
Dessensibilização a Alimentos e Medicamentos
Dessensibilização a alimentos: consiste na oferta de doses crescentes do alimento causador do quadro alérgico em intervalos regulares, no intuito de condicionar o organismo a minimizar as reações frente ao contato com tais alimentos. O procedimento deve ser realizado apenas por médicos experientes, em ambientes preparados para o controle de possíveis reações.

Dessensibilização a medicamentos: consiste na administração gradativa de doses crescentes do medicamento em que o paciente é reconhecidamente alérgico, até atingir a dose plena indicada para o tratamento. Deve ser considerada somente quando o fármaco responsável é essencial, quando não existem alternativas ou quando estas não são satisfatórias.

A dessensibilização deve ser realizada em ambiente hospitalar, por alergista capacitado, equipe e equipamentos disponíveis para atendimento de reações potencialmente graves, como a anafilaxia.
Supervisão e indicação de vacinas em pacientes alérgicos
Uma vez que algumas vacinas são inoculadas em embriões de galinha, existem algumas orientações sobre vacinação. Pacientes com alergia ao ovo e em casos específicos, devem recebê-las sob supervisão médica.

As principais orientações e dúvidas são a respeito das seguintes vacinas: Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), vacina da gripe e Febre Amarela. Para uma vacinação segura e evitar uma exclusão desnecessária é importante que o paciente seja avaliado e investigado pelo médico alergista.

A vacinação é de suma importância para evitar doenças graves, como Sarampo e Febre Amarela e em cada caso deve-se pesar os benefícios ou malefícios, considerando o tipo e gravidade da reação alérgica, a composição da vacina, a exposição do paciente e, em alguns casos, avaliar riscos de áreas endêmicas.
Exames diagnósticos
PRICK TEST
Também conhecido como teste de puntura, esse método consiste em identificar, in vivo, hipersensibilidade a possíveis alérgenos desencadeantes de reações alérgicas no paciente; representa a resposta IgE mediada ao alérgeno.
PATCH TEST
Considerado o exame padrão-ouro para possível identificação da substância envolvida na dermatite de contato alérgica, o Patch Test também é conhecido como teste epicutâneo de leitura tardia. É realizado em três etapas e após 96 horas já é possível apresentar o laudo.
TESTE DE PROVOCAÇÃO ORAL
Teste padrão-ouro para diagnóstico de alergias a alimentos e medicamentos. O teste consiste em administrar doses progressivas, seguindo protocolos específicos, sendo realizado em ambiente apropriado sob supervisão do Alergista que avalia possíveis reações após a ingestão do alimento ou medicamento suspeito de ser o causador do quadro alérgico.
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